Antes de apresentarmos a descoberta guiada na sua totalidade é importante perceber o processo que origina a necessidade de descobrir.
Remetendo-nos a teoria de Festinger mecionamos que uma perturbacao que irrite a funcao cognitiva cria a necessidade de procurar uma solucao, e que apenas o ato de procura da solucao podera eliminar essa perturbacao ou dissonancia. Portanto, o que isto nos indica é que a dissonancia cognitiva surge como uma forca motivante que induz o jogador a investigar, ja que o seu estado de consentimento cognitivo deixa de existir quando a dissonancia se produz. Com efeito, o jogador encontra-se num estado de consentimento cognitivo quando, essencialmente, pratica e executa tudo da forma que lhe foi indicado, demonstrado e comandado pelo treinador. Perante isto, podemos argumentar que o treino atraves da vertigem do piloto automatico expoe sempre o jogador a um estado de consentimento cognitivo, onde permanecem a paz e a tranquilidade mental.
Contrariamente, investigar leva por sua vez ao descobrimento, sendo que o ato de descobrir ocorre como consequencia da dissonancia cognitiva, criando e estimulando um estado de insatisfacao mental. Conforme Mosston e Ashworth, quando estas tres fases (dissonancia cognitiva - investigacao - descoberta) do processo cognitivo operam em sucessao completa, o jogador cruza a barreira cognitiva e atravessa o limiar da descoberta. Neste ponto, incorre no jogador uma sensacao de aventura cognitiva e de excitacao por atingir o desconhecido.
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