O animal satisfeito dorme (Guimarães Rosa)

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Decisão correta?

Assisti, ontem, a discussão e briga entre Mauricio e Obina, na partida entre Grêmio x Palmeiras. Pouco tempo depois, soube que ambos os jogadores tinham sido expulsos do Palmeiras, uma decisão da direção aprovada por Muricy Ramalho.

Não darei minha opinião sobre se foi correta ou não a expulsa dos jogadores da instituição Palmeiras, deixarei apenas um trecho de um texto de Rodrigo Leitão para pensarmos um pouco.

A psicologia tática, Mourinho e os treinos complexos:

Em um dia desses, durante uma conversa informal com um colega jornalista, foi-me apresentada uma questão interessante e que, talvez, fosse tema de uma de suas matérias.

Eu dizia a ele sobre as vantagens e porquês de se trabalhar no futebol, de maneira complexa, integrando as dimensões "física, técnica, tática e psicológica". Explicava sobre a imprevisibilidade do jogo e como preparar jogadores e equipes para ela.

Depois de muita conversa, ele (meu colega jornalista) lembrou da final da Copa do Mundo de 2006, entre as seleções da Itália e a da França - mais especificamente, da expulsão do grande jogador francês, Zinedine Zidane - e perguntou como seria trabalhar sob o ponto de vista da complexidade, o aspecto psicológico integrado às demais dimensões do jogo.

Grande colega jornalista!

Essa questão permite uma série de reflexões e discussões. Proponho então, sem querer ser psicólogo - o que não sou - que "passeemos" por uma ou duas delas.

O jogo de futebol possui inusitadas circunstâncias. Muitas decisões precisam ser tomadas sobre grande pressão temporal e espacial. Um erro, e tudo pode ir "água abaixo".

A ação (física, técnica, tática e/ou psicológica) do jogador pode definir inúmeras situações de acertos e/ou erros, de êxitos e/ou fracassos, e mudar toda a história de um jogo.

Tomar uma decisão errada e fazer um passe que gere um contra-ataque adversário é tão grave para quem joga, quanto tomar uma decisão errada, dar uma cabeçada em um adversário e ser expulso.

Porém, como não percebemos a "sutil e complexa similaridade" entre uma situação de decisão e outra (passar errado a bola e dar uma cabeçada), é comum que, pautados pelo paradigma tradicional cartesiano, acreditemos que na primeira (o passe errado) ocorreu uma falha técnica, e na segunda (a cabeçada), um desequilíbrio emocional (como se o pé que passou se separasse da cabeça que pensou - "não temos um corpo, somos um corpo!").

Link para todo o texto: http://www.universidadedofutebol.com.br/2009/11/3,11002,A+PSICOLOGIA+TATICA++MOURINHO+E+OS+TREINOS+COMPLEXOS.aspx

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