O animal satisfeito dorme (Guimarães Rosa)

domingo, 24 de maio de 2009

Aquele cujo nome não deve ser pronunciado

O Internacional não é Voldemort, personagem de Harry Potter, mas a imprensa e o mundo do futebol, de um modo geral, vem tratando a equipe gaúcha como a campeã do brasileiro de 2009 e fazendo muito sensacionalismo, como eu não gosto de rótulos muito menos de notícias exageradas, vou explicar o time com base na partida contra o Flamengo, pela Copa do Brasil ,e Palmeiras, pelo Brasileiro.

O Inter usa um 4-4-2 em linha por zona, ou, se preferirem, o 4-4-2 britânico, um esquema simples e extremamente funcional. A primeira linha de quatro é formada por Danilo/Bolívar (Lat.Direito), Danny/Índio (Zagueiro), Álvaro/Bolívar (Zagueiro), Kléber/Cordeiro (Lat.Esquerdo).

Observamos nesse primeira linha o mesmo preceito que vemos em clubes europeus utilizadores do esquema: A linha defensiva se mantém quase fixa e os laterais não apoiam com tanta intensidade.

Os quatro jogadores da defesa Colorada são exímios marcadores, quando um dos laterais sobe e não recompõe a defesa a tempo de combater o contra-ataque adversário, a cobertura é feita inicialmente pelos zagueiros, contudo, quando estes já estão marcando os atacantes, o volante do setor (Guinãzu ou Sandro) é deslocado e efetua a marcação. Só para comprovar com dados a eficiência da defesa, em 31 partidas foram levados apenas 17 gols e nos últimos 07 jogos apenas 01.

A segunda linha rubra pende para por exemplo o Manchester United, D’Alessandro trabalha como extremo direito, fazendo as diagonais, lançamentos e toda a movimentação ofensiva do flanco e Sandro e Guinãzu são volantes fortes na marcação mas também saem para o jogo, o mesmo que Fletcher faz nos Diabos.

Enquanto que pelo setor esquerdo falta um extremo, Rosinei e Glaydson, que já jogaram por esse lado, não fazem o papel de winger, pelo contrário, ambos são na verdade praticamente volantes. Mas aí que está o detalhe, o garoto Taison é quem faz a função de extremo pela esquerda, só que um pouco mais adiantado que o argentino D’Alessandro.

Normalmente quem faz a dupla com Taison é Nilmar, um jogador veloz, driblador e de boa finalização, isso facilita bastante para Taison, pois devido a caracteristica de movimentação do companheiro o dever do trabalho das jogadas se divide e não sobrecarrega ninguém, já com Alecsandro, que tem por individualidade ser mais homem de área e consequentemente se movimentar pouco, o jovem Taison se vê bem mais atarefado.

Assim como o time da Alex Ferguson, o Rolo Compressor não joga bonito, joga para ganhar, apesar de uma boa multiplicidade aliada a qualidade , as jogadas do rubro já estão "manjadas": O passe para os ágeis D´Alessandro/Taison, que progridem em diagonal fazendo intensas troca de passes ou articulam com os laterais, as subidas verticais ou lançamentos de Guiñazu/Sandro, os laterais executando os levantamentos pra área e a equipe como um todo arriscando sem medo ou culpa os arremates de curta-média distância.

É óbvio que o Gigante do Beira Rio tem um timaço, que mesmo já tendo sua formula mágica descoberta executa tudo com tanta qualidade ao ponto de não adiantar saber seus segredos, parar o Inter, então, será um grande desafio daqui para frente. E como já diz o ditado "Tabu nasceu para ser quebrado".

Um comentário:

Anônimo disse...

Obrigado por intiresnuyu iformatsiyu