O animal satisfeito dorme (Guimarães Rosa)

domingo, 5 de abril de 2009

Azzurra inova, mas decepciona

A Itália recebeu a seleção da Irlanda, os donos da casa jogaram mal e por pouco não perderam, com a expulsão de um dos seus atacantes aos 3 minutos do 1º Tempo o jogo italiano ficou parcialmente comprometido.

A Azzurra se manifestou em um 4-4-1 práticando as duas linhas de quatro, um esquema nada comum pra uma equipe italiana. O setor defensivo da Itália - que pra mim se destaca mais que qualquer outro - conta com a dupla de zagueiros Cannavaro - pela direita - e Chiellini - pela esquerda.

Os laterais que jogam mais recuados e formam a primeira linha de quatro são: Zambrotta e Grosso. Esses laterais sobem constantemente o que empurra os wingers pra o ataque. Dos laterais o que usa uma maior ofensividade é Grosso, talvez porque o winger de seu lado tenho uma menor categoria de dar apoio que o da direita.

O meio não tão criativo italiano conta com dois wingers, Pepe e Brighi, esses wingers não precisam equipar as jogadas, suas funções estão limitadas a dar qualidade ofensiva ao ataque e voltar pra defesa, onde a equipe executou com perfeição as duas linhas de quatro britânicas, - apesar do jogo recuado da Itália, a equipe só fez 11 faltas -, ou melhor, executou com quase perfeição, afinal aos 89 minutos Keane marcou o gol de empate irlandes.

Rematando o setor médio se tem De Rossi e Pirlo jogadores com modos de jogo opostos, mas que por isso se completam. Pirlo organiza o time, faz com que a bola seja bem trabalhada valorizando a posse e tem bom lançamento, já De Rossi é mais agressivo, pois junta algumas qualidades do companheiro com a capacidade de articular as jogadas ao mesmo tempo que ataca.

Já vi declarações de que Rossi joga parecido com Gerrard, sou obrigado a concordar, mas ele devera percorrer ainda um longo caminho pra isso...

O único atacante - já que Pazzini foi expulso - italiano foi Iaquinta, jogador que nessa partida - lêia-se pelo menos nessa partida - não mereceu usar a camisa azul, acredito que acabou sendo usado por falta de melhores opções.

Se eu fosse Lippi me preocuparia em prosperar o setor de meio e ataque, se analisarmos as dados das partidas da Itália iremos perceber seu pouco número de chutes - tem haver com a criação das jogadas - e gols. Mudanças nos wingers e no ataque dariam nova cara a Azzura.

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