O animal satisfeito dorme (Guimarães Rosa)

quinta-feira, 29 de abril de 2010

O segredo da habilidade de PH Ganso: peladas na sala de casa

Noticia que encontrei no Globo Esporte. Embora eu nao tenha ainda entendimento, estudo, nem saiba fazer uma contextualizacao adequada, coisas como o exemplo dessa noticia sao estudadas na ciencia do futebol, para aprimorarmos o processo de formacao dos jogadores, entao, deixarei essa noticia e em seguida postarei a entrevista com Neymar, que tambem aborda e deixa aberto outros pontos interessantes.

O segredo da habilidade de PH Ganso: peladas na sala de casa

Uma das principais virtudes do meia Paulo Henrique Ganso, do Santos, é sua capacidade de enxergar o jogo e armar jogadas mesmo cercado por marcadores, em espaços bem apertados. O fato de ter começado no futsal ajuda. No entanto, graças à mãe de Ganso, dona Maria Creuza Lima, o GLOBOESPORTE.COM descobriu que, na verdade, a habilidade de Ganso foi burilada na sala da casa da família. Primeiro em Belém. Agora, em Santos.

Ganso sempre foi apaixonado por bola e, desde pequeno, corria de um lado para o outro da casa da família na capital paraense aprimorando passes e chutes. Louças, vasos, portas de vidro se espatifavam pelo caminho do futuro craque. O jogador cresceu, virou estrela do Santos, mas a mania continua. Sobretudo antes de jogos importantes, como a primeira partida da final do Paulistão, contra o Santo André, domingo, às 16h (horário de Brasília), no Pacaembu.

- Até hoje é assim. Ele corre para lá e para cá com essa bola, driblando cadeira, sofá. Fica todo suado - revela a mãe do jogador, durante visita do GLOBOESPORTE.COM ao apartamento da família Ganso, em Santos, na última sexta-feira.

No início, Paulo Henrique Ganso castigava os móveis da casa. Em conversa com o irmão, Papito, e o pai, Júlio Cruz, o menino da Vila enumera a quantidade de peças da casa que já quebrou desde que era pequeno.

- Teve porta, vaso. Uma vez, quebrei os óculos da minha mãe. Quando ela chegou, eu a abracei e perguntei: ‘mãe, se um dia eu quebrar os seus óculos, você vai ficar muito brava?’.

Na hora, Maria Creuza sacou que o filho caçula tinha aprontado. Já o pai, Júlio Cruz, defende o filho.

- Ele é muito habilidoso e controla bem a bola. Agora, não quebra nada.

O craque alvinegro conta que não consegue ficar longe da bola. Mesmo já profissional, uma das principais estrelas do time mais badalado do Brasil neste ano, ele volta a ser criança em casa. Joga bola com a mãe, o pai e os irmãos dentro do apartamento da família, em Santos. Aliás, dona Maria Creuza pega pesado na marcação.

- Por essa eu não consigo passar - brinca o jogador.

Estrela que quase não brilhou

Ganso vive um momento especial. É um dos símbolos da nova geração formada pela tradicional escola de craques da Vila Belmiro. Aos 20 anos, encara sua segunda final de estadual consecutiva. Mas se no ano passado era apenas uma promessa, que ainda oscilava muito, hoje ele é estrela. Aliás, o jogador até se acanha quando tem de comentar seu novo status.

- Ser estrela do Santos? Ah, é bom, né? Depois de tantas dificuldades para chegar até aqui, é um motivo de muito orgulho estar bem, fazendo parte de uma equipe muito boa.

O meia santista fala em dificuldades que passou até se firmar no time titular do Peixe. Ele se refere ao fato de ter sido rebaixado duas vezes do time principal para o sub-20, em 2008. Ele chegou à equipe de cima logo no início daquele ano, após disputar a Taça São Paulo de Futebol Júnior. No entanto, não passou pelo crivo do exigente técnico Emerson Leão. O treinador considerava Ganso lento demais e o mandou de volta para os juniores.

Tempos depois, quando Cuca assumiu o comando do Peixe no lugar de Leão, já durante o Brasileirão 2008, Ganso voltou a ser aproveitado. Mas a fase do Peixe era instável demais e o garoto sofreu com isso. Cuca foi demitido, Márcio Fernandes assumiu interinamente e, mais uma vez, o meia voltou para a base. Depois desse segundo rebaixamento, Ganso admite que chegou a pensar até em desistir.

- Eu pensei em parar, tentar outra coisa. Quando desci para o sub-20 pela segunda vez, fiquei em dúvida, pois chegar ao time principal duas vezes e voltar é muito frustrante - conta o jogador.

Outra alternativa seria tentar a sorte em outra equipe e, por muito pouco, isso não aconteceu.

- Eu recebi o convite para disputar o Paulistão de 2009 pelo São Caetano. Quase fui, mas o (ex-presidente) Marcelo Teixeira e o (ex-vice) Norberto Moreira me seguraram, disseram que eu não deixaria o clube. Graças a Deus deu tudo certo - concluiu o jogador, que hoje é cobiçado por clubes europeus.

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