O animal satisfeito dorme (Guimarães Rosa)

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

A Especificidade: Princípios de princípios

“Será o principio da especificidade quem dirigirá a periodização tática”

O fato de ser a supradimensao tática quem deve orientar cada exercício procurando uma determinada forma de jogar caracterizada por certos princípios e subprincipios que conformam um modelo de jogo (permitindo o aparecimento do resto das dimensões por arraste) provoca que cada exercício esta dotado de uma especificidade de jogo que queremos. Sempre estamos treinando nosso jogo, e isto provoca que o treinamento seja especifico de nossa maneira de jogar.

Estamos falando de uma especificidade total em cada uma das dimensões, isto e, uma especificidade que acompanha o jogo que pretende desenvolver na equipe em todos seus fatores (especificidade tática, técnica, física e psicológica).

Deste modo, surge na metodológica o principio da especificidade, que deve ser cumprido em todo momento do treinamento, passando a determinar-se como o principio de princípios da periodização tática. Segundo Oliveira, J. “não basta afirmar que ela ee importante, ee necessária que este principio se assuma como o principio dos princípios e seja o baluarte (não sei o que significa) de toda uma metodologia adotada. O principio da especificidade dirigira, por tanto, a periodização tática.

Contudo, teremos que diferenciar entre uma especificidade com minúscula, e uma especificidade com maiúscula. Segundo Oliveira, J. “só se pode chamar a Especificidade a Especificidade se tiver uma permanente e constante relação entre os componentes psico-cognitivos, tático-tecnicos, físicos e coordenativos em correlação permanente com o modelo de jogo adotado e seus respectivos princípios que lhe dão vida. Por tanto ee uma Especificidade de jogar e que leva consiga uma Especificidade física, técnica e psicológica, Como disse o autor, “toda atividade se deve orientar sempre por esse esforço Especifico requerido por o Modelo de Jogo. A este se refere Faria, J. “quando assegura que, “não ee suficiente uma especificidade-modalidade, ee necessária uma sub-especificidade-modelo de jogo”, evidenciando a diferença existente entre treinamento integrado e periodização tática”.

Resende, N. nos explica a diferença existente entre Especificidade e especificidade quando afirma que, “um treinamento especifico ee diferente de um treinamento composto por exercícios situacionais. Importa destacar que a especificidade apenas esta assegurada e ee trabalhada de uma forma efetiva se as cargas as quais os jogadores estão sujeitos, também estiverem interconectadas ao Modelo de jogo adotado e seus respectivos princípios, como em caso contrario se esta falando de exercícios situacionais.

A este se refere Rui Faria quando diz que, a periodização tática/modelizacao sistêmica obriga a uma decomposição jogo/complexidade, articulando-o em ações também elas complexas, ações comportamentais de uma determinada forma de jogar – modelo de jogo/modelo de complexidade. Esta articulação surge em função do que se pretende ver instituído – um conceito de ações intencionais, uma cultura de jogo – e por conseqüência uma adaptação. Especifica, que ee a tática/sistêmica (entendida como cultura), arrasta consigo aspectos de ordem técnico, físico e psíquico. Este conceito reclama deste modo o respeito por o principio da de especificidade. Segundo este mesmo autor, “as adaptações não se limitam somente as mudanças fisiológicas, sim também, segunda Bompa, as implicações precisas em os fatores técnicos, táticos e psicológicos”.

Podemos decidir então que a periodização tática pontuado/baseada em esta Especificidade pensa o treinamento como um dialogo, onde o ataque, a defesa e as diferentes transições, inter-relacionam sem ordem estabelecida. O que se pretende então, ee que os treinamentos são simuladores os mais reais possíveis de os partidos a os que aspiramos... protagonizar!, como tal e como disse Le Moigne, “a legitimação de os modelos simbólicos por qual eles descrevem seus enunciados ensináveis não pode fundar-se em uma analogia experimental e icônica (não ambígua). Passa por uma analogia de comportamentos simulados, simulações efetuados sobre modelos simbólicos. E a simulação de los modelos simulados não ee neutra: afeta a os modelos em si mesmos... Todo conhecimento ee estruturalmente circular e autoreferencial. O bom sudo de um modelo requere o reconhecimento prévio de sua necessária ambigüidade. O operador que estabelece a relação intencional de um sujeito com um conhecimento não ee um perador cartesiano, claro e distinto”, requerendo por tanto exercícios específicos que ajudem a entender a forma de jogar que queremos, através de seus princípios e sub-principios, assim como suas articulações.

Desta forma, os exercícios que procurem a organização de uma equipe devem simular momentos da competição, e esse simular se tem que traduzir em exercícios que em sua própria essência não descontextualize aquele que ee ou vai a ser a realidade competitiva. Como disse Portoles “podemos decidir que dos sujeitos com iguais bases estruturais podem diferir muito em seu rendimento e eficácia em os comportamentos segundo sua capacidade para ativar e dirigir de forma controlada e precisa ditos comportamentos rumo ao objetivo final desenhado:. O autor continua dizendo que, “esta capacidade personal (equipe) de ativação e direção controlada ee um função complexa em si mesma mas que ee quando o objetivo a alcançar não esta perfeitamente delimitado desde um principio.

EE por ele que devemos conseguir que o maior numero de jogadores pensem da mesma maneira ante uma situação dada, ou, que tenham um objetivo claro (princípios e subprincipios de jogo que levam a um modelo de jogo pretendido) desde o primeiro dia. Isto ee conseguido através de exercícios que simulem a realidade de jogo que aspiramos conseguir.

A periodização tática trabalha sempre em ESPECIFICIDADE, não dando lugar, por tanto, a exercícios analíticos e descontextualizados. EE por eles que rejeita treinamentos físicos e técnicos separados do modelo de jogo, já que isto conduz a uma inESPECIFICIDADE em o processo com suas posteriores conseqüências.

No existe que confundir o treinamento integrado com a periodização tática. Nos todos estamos falando de uma Especificidade relacionada com a forma de jogar, distinta da especificidade de jogar que predomina na forma integrada, apesar de evidentemente, também ter exercícios Específicos.

Conceito de Especificidade:

No futebol diz-se freqüentemente que conforme se quer jogar assim se deve treinar o que sugere uma relação de interdependência e reciprocidade entre a preparação e a competição.

Esta relação é consubstanciada por um dos princípios do treino, o principio da especificidade, que preconiza que sejam treinados os aspectos que se prendem diretamente com o jogo (estrutura do movimento, estrutura da carga, natureza das tarefas, zonas de intervenção predominantes, funções prevalentes, modelo e concepção de jogo, etc.), no sentido de viabilizar a maior transferência possível das aquisições operadas no treino para o contexto especifico do jogo.

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Especificidade: Preconiza o treino baseado em exercicios especificos de um modelo de jogo e respectivos principios táticos técnicos e de tática individual.

Mas é necessário salvaguardar que esta especificidade não aspira a formatar os comportamentos da equipe, a ditá-los de uma mecanicidade estéril. Como refere Carvalhal a especificidade deve ser entendida como um conceito aberto ao imprevisivel, ao aleatório, ao acaso, caracteristicas que o próprio jogo contém na sua essência.

Importa então realçar que nesta perspectiva de especificidade resulta bem mais dificil que os exercicios de treino sejam especificos. Como explica Guilherme Oliveira, não chega nós criamos exercicios em que esses principios [de jogo] potencialmente aparecem (...) pela minha experiência nós só atingimos a verdadeira especificidade quando o treinador tem uma capacidade de intervenção permanente nas situações para direcionar as situações em função daquilo que se pretende. O exercicio por si só apenas tem informação potencial. Esta especificidade, como vemosm exige muito mais do que o exercicio tenha bola ou seja uma forma jogada. O critério que determina a especificidade ou não especificidade é o aparecimento ou não dos principios ou sub-principios de jogo que se pretendem ver exercitados. É o conjunto de relações que se estabelece entre jogador, exercicio e treinador. Faria parece também ter este entendimento ao referir que se tu queres instalar uma linguagem comum com regras, principios, uma cultura de jogo (...) é fundamental que isso seja feito através do jogo e, em termos operacionais, explica que só se consegues efetivamente estabelecer linhas de pensamento comum se colocares uma determinada situação de jogo onde tu salientes essas regras, principios e esses pontos de ligação.

Para nós, alguns principios metodológicos/pedagógicos nos parecem relevantes para esta especificidade, são eles: a concentração e o feedback interno.

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