Grêmio emprega um puro 3-5-2

Na sua estreia, no Campeonato Brasileiro, o Grêmio utilizou um 3-5-2 puro, e quando eu digo puro é porque tem líbero de verdade, assim como nos primórdios do esquema. Apesar do empate, em 1 a 1, contra o Santos, o clube do sul mostrou que tem tudo para ser novamente um dos destaques do Brasileirão.

Os três zagueiros gremistas são: Léo a direita, Rafael no centro e Réver pela esquerda. Quem executa a função de líbero é Réver, em praticamente todas as subidas de ataque ele se encontra, ou acionando diretamente Jonas, ou puxando o contra-ataque pela esquerda, ou abrindo com Souza, ou somente subindo pro ataque, onde participa das tabelas e bate para o gol, como no lance que originou o único gol do time da casa.

O meio-campo do Imortal alia poder de marcação com criatividade. O promissor volante Adílson é implacável, o jogador se mantém centralizado na defesa de onde cobre os meias (Tcheco e Souza) e rapidamente se desloca para marcar em qualquer ponto dentro do setor defensivo, sendo um importante meio de roubadas de bola e interceptações de passes.

Tcheco tem uma inerência entre meio e volante, com isso o qualifico de Bombril, - 1001 utilidades - possuindo tanto um dever ofensivo, de dar uma refinada no passe e chegar à frente com qualidade, e muito mais ainda uma obrigação defensiva, onde é atuante na defesa e marca quase sem fixação de setor.

Contudo, Souza é o novo maestro do Tricolor, é pela esquerda quase pelo centro onde o comandante se posiciona, a prioridade depois da recuperação da bola é o toque para o camisa 8, que inicia a sistematização das jogadas, o time passa a fazer o 2-1 rápido entre atacantes, meias, laterais e Réver, apostando no arremate de por parte de algum deles ou então o cruzamento, visto a altura de Maxi López e de outros demais jogadores.

Na frente Jonas joga aberto pela esquerda fazendo dobradinha com Fábio Santos e Souza, além de dar movimentação ao flanco e sempre aparecer na defesa quando a equipe está sem a bola, até mesmo o "pesadão" atacante argentino, que como Alex Mineiro também é pivô, recua um pouco e só dispara nos contra-ataques, aliás, perdi meu preconceito em relação a Maxi, o jogador dentro de sua função cumpre tudo muito bem, assim como toda a equipe.

Faltam aos gaúchos somente algumas poucas mudanças para "finalizar" a equipe, os laterais, (Fábio Santos e Ruy) por exemplo, estão devendo na ofensividade, do lado esquerdo Fábio cumpre bem, porque Souza, Jonas e Réver jogam pelo setor, mas já na direita Ruy fica isolado e cai no mesmice de só executar cruzamentos, falta Tcheco e Maxi assistir melhor o companheiro ou o Grêmio terá lado direito anulado.