O animal satisfeito dorme (Guimarães Rosa)

domingo, 11 de abril de 2010

A imaginacao

Encontrei a noticia desse estudo tentando pesquisar usando palavras chaves como forca imaginacao pensamento imagem guiada aprendizagem e mais algumas outras. Esse ee um tema relativamente bem difundido e que os estudos estao aumentando muito, se conseguir encontrar mais coisas interessantes relacionados a este mesmo assunto voltarei a postar.

Você acredita que o simples fato de alguém mentalizar que está andando de bicicleta pode ajudá-lo a melhorar seu desempenho? Pois é isso que sugerem experimentos realizados no Laboratório de Neurociências e Comportamento do Instituto de Biociências (IB) da Universidade de São Paulo (USP). Coordenado pelo biólogo André Frazão Helene e orientado pelo professor Gilberto Xavier, o estudo mostrou que um treinamento imaginativo pode de fato aprimorar uma habilidade.
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O pensador, escultura do francês Auguste Rodin (1840-1917)

Helene explica que as áreas cerebrais ativadas durante o exercício de imaginação de uma tarefa e sua execução efetiva são muito próximas. "O tempo de imaginação de um ato motor é igual ao tempo de sua execução real", afirma. "Ocorre, por exemplo, uma elevação proporcional da taxa de batimentos cardíacos, de ventilação e de consumo de oxigênio quando pessoas se imaginam andando a 5, 8 ou 12 km/h."

A equipe avaliou a possibilidade de se adquirir novas memórias[1] por meio do treinamento restrito à imaginação. Um primeiro experimento, de natureza cognitiva, envolveu um grupo de voluntários que tinha que ler palavras invertidas e escrevê-las corretamente com o dedo no ar. Outro grupo lia palavras grafadas de forma correta e as imaginava escritas ao contrário. Após três dias de treino de 100 palavras por dia para cada um, foi verificado que o desempenho dos grupos era equivalente. "Ambos tiveram a aquisição efetiva da habilidade", afirma Helene.

Um segundo experimento avaliou o aprendizado motor pela imaginação. Os 24 participantes, todos destros, foram divididos em três grupos. O primeiro era de treino real: eles se sentavam de frente para um monitor em que apareciam em seqüência números de um a quatro. A cada número correspondia um dos dedos da mão direita; a tarefa consistia em tocar com o polegar os dedos equivalentes ao número mostrado na tela. O segundo era de treino imaginativo: a diferença é que ao invés de realmente tocarem o polegar, os participantes deviam somente imaginar a ação e apertar um único botão numa mesa para indicar que a atividade fora imaginada. O último grupo era o de controle, sem treinamento prévio da tarefa.
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O computador apresentava os estímulos e registrava o movimento e sua duração por sinais enviados de sensores fixados nas pontas dos dedos dos participantes

Após 40 minutos de treino o grupo com ’prática imaginativa’ realizou cada movimento em 0,75 segundo, desempenho próximo ao do grupo de ’treino real’, 0,70 s. Já o grupo de controle, sem treinamento, executou a tarefa em 1,05 s. O treino imaginativo reproduziu também outras características do ’treino real’. "Cada dedo tem um tempo diferente para tocar o polegar," aponta Helene. "O dedo mínimo é o mais rápido, enquanto o indicador é o mais lento, no treino imaginativo e no prático."

Segundo ele, o treino imaginativo poderia ser usado por pacientes em recuperação para auxiliar a reabilitação de certas habilidades, como andar. "Caminhar envolve cálculos mentais precisos e inconscientes que ativam sub-rotinas como se inclinar, equilibrar-se e frear", explica. O treino imaginativo pode ajudar a aperfeiçoá-las antes que o paciente seja capaz de executá-las. Mas o biólogo adverte que o treino é mais eficiente para atividades que dependem de esforço mental. "O desafio não é aumentar a força, mas aperfeiçoar a precisão dos cálculos mentais da ação em questão."

II Texto:
A bioquímica do corpo é um produto da consciência - Deepak Chopra

O médico endocrinologista e pensador indo-americano, dr. Chopra, nos enfatiza a estreita relação entre o que pensamos e o estado da saúde, em dado momento.
"A recordação de uma situação de estresse, que não passa de um fio de pensamento, libera o mesmo fluxo de hormônios e toxinas (adrenalina, cortisol etc.) destrutivos que o estresse propriamente dito. A bioquímica do corpo é um produto da consciência humana. Os processos corporais mais básicos respondem ao nosso estado de espírito (ânimo). Não temos dúvidas quanto ao fato de que ínvisíveis partículas vibratórias de pensamento e emoção alterem a química fundamental de cada célula. Se quiser mudar o seu corpo, mude primeiro sua consciência. Tudo o que acontece a você é resultado de como você vê a si próprio. Cada pensamento que você tem, ativa moléculas mensageiras no cérebro"

Isto significa que cada impulso mental é transformado automaticamente em informação biológica. Tais percepções apontam para um potencial inato de adoecimento, mas principalmente de cura ainda muito pouco explorado, mas que não deve permanecer sub-utilizado.

Extraído do texto: Saúde: Uma questão de pensamentos - do médico Ricardo Dreux, cardiologista, formado em Ciências Biológicas, do Rio de Janeiro.

Pequeno comentario:
Na verdade essa questao da imaginacao ee muito interessante, haja visto que o tempo para treinar ee pequeno e nao pode se estender muito, entao, o treino mental do nosso modelo de jogo, por exemplo, aumentaria o tempo do treinamento. Obviamente que teriamos que ver a implicacao desse desgaste mental que traria a imaginacao do nosso modelo. Tambem entramos na questao de nao estamos dentro da imaginacao do jogador para saber se este esta executando tudo como deveria ser em sua imaginacao, apesar que se o jogador executar corretamente em campo executaria corretamente em sua imaginacao. Enfim, e isso...

5 comentários:

Julian Tobar disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Julian Tobar disse...

Professor João,

Gostei bastante dos dois textos apresentados aqui, especialmente o primeiro.

Me fez pensar bastante a respeito de imaginarmos ações de sucesso antes de jogos ou treinos. Já havia lido algo a respeito deste tema, até por isso costumava falar sempre aos meus atletas antes de uma partida, para além de se concentrarem, pensarem no que iriam/poderiam fazer naquela partida, pois imaginando isso teriam mais chances de acertar quando esta imaginação se concretizasse em ação..de certa forma creio que são paisagens mentais que criamos e que querendo ou não, podem ser eficazes antes de concretizar alguma ação, pelo menos eu penso isso e muito legal que foi corroborado por um estudo.

Ali dizia que imaginar andar de bicicleta pode melhorar o desempenho. Poderíamos colocar "n" situações bem como imaginar situações de sucesso dentro de ações individuais, coletivas. Um zagueiro imaginando anular um adversário, um médio circulando a bola, etc.

Cada vez mais vejo o homem como um ser indivisível onde qualquer detalhe faz a diferença pois está tudo interligado. Qualquer alteração em uma das partes vai afetar o todo, certamente.

Abraços!

João Henrique T.L.C disse...

Professor Tobar, obrigado pela visita...

Essa é apenas uma pesquisa/estudo sobre o poder da imaginacao em nossas ações, com certeza tem muito mais materiais na internet explicando melhor esse assunto.

Como o professor falou, esse entendimento do poder da imaginacao poderia, sem duvidas, a nos levar a ampliar o tempo de treino, já que poderiamos fazer nossos jogadores mentalizarem/imaginarem diversas situacoes de jogo.

Lendo hoje uma monografia encontrei uma nomenclatura designada de campos morficos, que fala de algo parecido com a capacidade de imaginacao/pensamento.

Apesar de nao ter comentado, ja vi um documentario que mostra que o exercito americano, por exemplo, pede que seus soldados se imaginem em situacoes de combate/guerra/fome/horas no mar etc para fazer com que quando passem por essas situacoes lidem com elas com maior facilidade; certamente o exercito americano nao faria isso caso nao soubesse que realmente traz efeitos positivos as tropas.

É isso... Um grande abraco!

Andressa disse...

Olá!
Sou acadêmica de Dança e estou iniciando uma pesquisa para o entendimento do momento que o sujeito imagina/cria/mentaliza (ainda estou tentando determinar uma palavra) até o momento da prática. Mas também por trabalhar com práticas de consciência corporal, esse post que me fez conhecer o Instituto de Biociências da USP foi muito valioso.
Saudações!

João Henrique T.L.C disse...

Andressa, que bom que esse post pode te ajudar. Se conseguir se lembrar do blog ate o fim de sua pesquisa, ficarei grato se me enviar seu trabalho para poder fazer uma leitura.

Um abraco e obrigado!